
Categoria: Informativos
Data: 01/11/2024
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João 2.2).
“Propiciação” é uma linguagem cerimonial do Antigo Testamento. Somente o Sumo Sacerdote (principal sacerdote) podia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano. O “Santo dos Santos” ou “Santíssimo Lugar” era uma sala do Tabernáculo, e posteriormente do Templo, onde ficava guardada a Arca da Aliança. Nesse local se realizava anualmente uma cerimónia de sacrifício expiatório de um cordeiro sem defeito (Ex 12.5) pelos pecados do povo (Lv 4.35).
Aquela sala ficava separada do templo por uma cortina de linho. Ali o sumo sacerdote carregava o sangue do sacrifício para aspergir o propiciatório depois de queimar incenso sobre ele (Lv 16.1-15). O ritual fazia parte de uma cerimônia, onde por meio de uma demonstração de arrependimento solene, os israelitas buscavam o perdão e a misericórdia pelos pecados cometidos no ano anterior. A parte final do ritual sacerdotal tinha o propósito de restaurar a comunhão do povo com Deus.
O Propiciatório (Êx 25.17-22) era uma placa de ouro usada para cobrir a Arca da Aliança. Dentro da arca estavam as tábuas da Lei, que acusavam os seres humanos de serem pecadores. Quando o sangue era aspergido sobre aquela tampa significava que a ira de Deus tinha sido aplacada e desviada sobre o animal sacrificado. Em resumo, propiciar é colocar-se no lugar de alguém. Todo aquele cerimonialismo apontava para Cristo.
Jesus Cristo é a propiciação porque quando derramou o seu sangue na cruz a ira de Deus foi aplacada e desviada para Ele. O seu sacrifício foi perfeito, completo e único, cobrindo assim o pecado de todos aqueles que vierem a crer nele. Ele satisfez a justa ira de Deus pelos pecados. Deus tomou a iniciativa de entregar seu Filho para morrer na cruz por pecadores a fim de cobrir os seus pecados e remover a culpa, reconciliando-os consigo.
João ainda afirma que a propiciação não era apenas pelos pecados dos crentes aos quais ele escrevia, mais ainda por pecadores do mundo todo. Jesus morreu por pessoas espalhadas por todo o mundo; por pessoas que já viveram, que vivem e que ainda viverão neste mundo. Ele morreu por pessoas de todas as classes sociais e etnias.
Quando Jesus morreu, levou sobre si a ira de Deus que nós merecíamos, e satisfez assim todas as exigências da lei e do Juiz Deus Pai. O próprio Deus movido por seu grande amor, tomou a iniciativa de remover a barreira que nos impedia de nos relacionarmos com Ele. Que essa certeza bendita nos leve a uma profunda gratidão e alegria, e assim estejamos sempre prontos a obedecê-lo e a fazer a sua vontade, nos afastando cada vez mais do pecado.